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Na guerra contra Aedes aegypti, repelentes somem das prateleiras

Com medo da dengue e do zika vírus - transmitidos pelo aedes aegypti -a procura pelos repelentes aumentou e já tá difícil encontrar estes produtos nas farmácias. Por isso, muita gente parte pra uma solução improvisada: os repelentes caseiros. Mas isso pode ser um perigo. Foi por pouco que a Flávia não entrou em pânico. “Recebi vários áudios, vários zaps , as pessoas não sabem, tudo tá em estudo, então o que a gente pode fazer, seguir as orientações que o ginecologista e o obstetra passaram né?”, conta Flávia Monteiro, grávida. Enquanto o aedes aegypti estiver sem controle, o jeito é se proteger. Em muitas capitais, as farmácias estão vendendo mais repelentes do que medicamentos. No Rio: “a procura tá sendo maior do que um remédio pra pressão, conta a balcolista da farmácia. Em Campo Grande: “A gente tava com mil unidades, saiu em cerca de 3 dias”, conta atendente. Em São Paulo: “Inclusive a gente tem uma lista de espera de quase 4 mil clientes aguardando uma marca em nosso site”, diz outro atendente. A Flávia teve dificuldade pra comprar o produto indicado pelo médico. Quando achou, fez logo um estoque. “Comprei uns 5 e guardei, mas é difícil de achar os mais famosos, as marcas mais indicadas”. Com a falta de repelente nas farmácias, muita gente tem buscado alternativas. Produtos caseiros, que podem ser feitos em qualquer cozinha. Aí é que mora o perigo. As receitas se multiplicam nas redes sociais. “A gente tem que levar em consideração 3 fatores: um se ele funciona ou não, dois se ele vai machucar sua pele ou não, E três: quanto tempo ele vai durar. Quando a gente usa esses caseiros, só nos preocupamos se ele funciona ou não. Por isso que a gente só recomenda aqueles que são certificados pela Anvisa”, explica Denise Valle, etnomologista IOC/Fiocruz. Stephanie ensina futuras mamães a cuidar do bebê. E dá uma dica difícil de executar naqueles dias de muito calor. Mas qual a mãe que não faz sacrifícios pela saúde do filho? “Nada de sandalinhas, sapato fechado, calça comprida e manga”, conta Stephanie Sapin-Lignieres, monitora perinatal. E não custa lembrar o mais importante: “Em dez minutos, você consegue olhar todos os criadouros potenciais, os focos potenciais na sua casa e por que uma vez por semana? Porque de 7 a dez dias é o tempo que o mosquito leva de ovo a adulto. Nada mesmo substitui a prevenção”, alerta Denise Valler. “Tranquila a gente nunca fica né. Porque enquanto não acabar com essa praga, não há repelente que ajude. A população tem que tomar mesmo é consciência”, conta uma consumidora.

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