07/07/2012 - De um lado o aumento da criminalidade, do outro, a morosidade da Justiça no julgamento dos processos e o resultado: uma população carcerária com mais de 15 mil presos em delegacias e unidades prisionais da Bahia. O número representa um aumento de 8% em relação a dezembro do ano passado. “Infelizmente a prisão cautelar virou regra”, destaca a defensora pública, Bethânia Ferreira que convive diariamente com esta realidade. Dados do Ministério da Justiça e Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) denunciam uma situação ainda mais preocupante. Cerca de 64% dos presos estão cumprindo pena sem nunca terem sido julgados.
Apenas 5.616 presos foram sentenciados, os outros 5.008 reclusos em unidades prisionais e 4.600 abrigados em delegacias, continuam vendo o sol nascer quadrado apesar de não estarem condenados. “Tem muita gente que cumpre um tempo maior de prisão provisória do que se estivesse sido condenado”, acrescenta Ferreira. (Tribuna)
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