Receber aos 39 anos de idade, no auge da vida produtiva, o diagnóstico de uma doença crônica e progressiva, com alto potencial incapacitante, provoca um impacto profundo na vida dos pacientes. Essa é a idade média em que os brasileiros com artrite reumatoide têm sua enfermidade identificada, derrubando o mito de que a doença estaria relacionada unicamente aos idosos, conforme indica uma pesquisa com mais de 3 mil pacientes realizada pelo Instituto Nielsen no Brasil e em outros 12 países, a pedido da Pfizer. Embora não exista cura para a artrite reumatoide, é possível manter a doença sob controle e evitar danos irreversíveis nas articulações se a doença for identificada em seus estágios iniciais, de modo que o paciente possa receber a medicação mais adequada. No Brasil, contudo, esse processo pode levar muitos anos, em um percurso que obriga o paciente a passar por vários médicos antes de obter uma resposta. “Quanto mais cedo a artrite reumatoide for diagnosticada, mais rapidamente o paciente poderá ser tratado, levando à diminuição da atividade da doença e proporcionando alívio da dor e melhora da qualidade de vida”, diz a reumatologista Rina Giorgi, diretora do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual e integrante da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Estima-se que a artrite reumatoide afete 2 milhões de pessoas no Brasil, o equivalente à população de uma cidade como Belo Horizonte (MG). Trata-se de uma doença crônica e inflamatória, que compromete as articulações e pode causar rigidez, deformidade articular e desgaste ósseo, incapacitando os pacientes até mesmo para executar tarefas cotidianas, como escovar os dentes. Normalmente, a artrite reumatoide atinge inicialmente as articulações das mãos e dos punhos, nos dois lados do corpo, mas a evolução do quadro pode causar deformidades e desvios maiores, alcançando as articulações mais centrais como cotovelos, ombros, tornozelos, joelhos e quadris.
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